Como pode ser lido em meu perfil, sou formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia, muito embora eu goste muito mais de intitular meu curso "simplesmente" como Economia. Por pomposo, este nome transmite o respeito que nossa formação merece, apesar desse prestígio estar lamentavelmente descendo a ladeira nas últimas décadas, sobretudo por conta de uma "âncora" chamada esquerda. Mas deixemos esse assunto para outra ocasião.
Na Economia, um dos princípios básicos que aprendemos, talvez logo na primeira aula (e foi assim com o Prof. José Alfredo, na FACEF, onde iniciei meus estudos do terceiro grau), é o da oferta e demanda.
Ele é simples: quanto maior é o preço, maior é a oferta e menor é a demanda, e quanto menor é o preço, menor é a oferta e maior é a demanda. Onde as duas curvas se encontram, é o ponto intitulado "equilíbrio de mercado".
Se me perguntassem como definir Economia, eu definiria como "oferta e demanda". Sem medo, diria que essa simples "Lei" é a que rege nossas vidas. Sim, pois ela ultrapassa o campo de estudo da Economia, invadindo até questões sentimentais e afetivas.
Desde pequenos, por instinto, aprendemos a agir e tomar decisões com base nesse princípio. E foi ele que me ajudou durante todo o curso a compreender desde os exemplos mais básicos de mercados até os modelos macroeconômicos mais complexos, passando, vejam só, pela compreensão da definição e comportamento da taxa de juros. Aliás, a definição dada também pelo excelente Prof. José Alfredo, "preço do dinheiro", é perfeita para compreendermos a muitas vezes assustadora taxa de juros.
Com pouco mais de um ano de vida profissional efetiva (sim, pois empregos do tipo spot e estágios são realmente muito importantes para nosso embrionamento profissional, porém não os considero como inseridos efetivamente na nossa vivência de mercado), posso dizer que uma das maiores lições que aprendi se baseia claramente no princípio da oferta e demanda.
Quando entramos em uma empresa, esbarramos primeiramente com a concorrência interna. Mas logo começa-se a perceber que existe também uma concorrência externa, e que ela é tão ou mais significativa do que a interna.
Um conceito importante aqui é colocarmo-nos nesse "jogo" da maneira como devemos ser tratados: como "mercadorias". E quem são os nossos possíveis consumidores? As empresas pelas quais iremos dispor nossos conhecimentos e habilidades. Como na Economia, em troca de nosso trabalho, esforço e dedicação, recebemos uma quantia em dinheiro. Fácil, justo e prático.
Se somos mercadorias, e se existe uma concorrência no mercado, é fácil relacionar tudo isso com a Lei de oferta e demanda.
Refletindo um pouco sobre isso, chegamos rapidamente à conclusão de que, em um ambiente com baixa concorrência, ou de concorrência de pouca qualidade, nosso PREÇO tende a aumentar. Ou seja, nosso VALOR. Mesmo que as rotinas do dia-a-dia, ou talvez uma ou mais frases desmotivadoras que ouvimos, bem como a impressão que fica em nossa cabeça ao vermos o tempo passar enquanto realizamos a maior parte das atividades no "automático", nos impeçam de periodicamente fazer uma "cotação" de nosso valor, ela deve obrigatoriamente ser feita. Posso dizer que já tenho a conclusão clara de que essa é peça fundamental na construção de nossa carreira profissional.
Por fim, mesmo que atravessemos todas as dificuldades, e consigamos mensurar nosso valor, de nada isso irá adiantar se não houver coragem, ousadia e arrojo. Não obstante, todas essas características devem ser acompanhadas de uma dose razoavelmente suficiente de discernimento.
Por sorte, falando agora especificamente de mim, aparentemente tenho pessoas de meu convívio profissional que sabem como fazer a leitura e tratar de meu valor. Porém, isso não irá me iludir, e continuarem sempre em busca de avaliar meu valor e a importância dele no mercado ao qual estou inserido.
Grande abraço!