quarta-feira, 13 de março de 2013

O Valor

Como pode ser lido em meu perfil, sou formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia, muito embora eu goste muito mais de intitular meu curso "simplesmente" como Economia. Por pomposo, este nome transmite o respeito que nossa formação merece, apesar desse prestígio estar lamentavelmente descendo a ladeira nas últimas décadas, sobretudo por conta de uma "âncora" chamada esquerda. Mas deixemos esse assunto para outra ocasião.

Na Economia, um dos princípios básicos que aprendemos, talvez logo na primeira aula (e foi assim com o Prof. José Alfredo, na FACEF, onde iniciei meus estudos do terceiro grau), é o da oferta e demanda.
Ele é simples: quanto maior é o preço, maior é a oferta e menor é a demanda, e quanto menor é o preço, menor é a oferta e maior é a demanda. Onde as duas curvas se encontram, é o ponto intitulado "equilíbrio de mercado".
Se me perguntassem como definir Economia, eu definiria como "oferta e demanda". Sem medo, diria que essa simples "Lei" é a que rege nossas vidas. Sim, pois ela ultrapassa o campo de estudo da Economia, invadindo até questões sentimentais e afetivas.


Desde pequenos, por instinto, aprendemos a agir e tomar decisões com base nesse princípio. E foi ele que me ajudou durante todo o curso a compreender desde os exemplos mais básicos de mercados até os modelos macroeconômicos mais complexos, passando, vejam só, pela compreensão da definição e comportamento da taxa de juros. Aliás, a definição dada também pelo excelente Prof. José Alfredo, "preço do dinheiro", é perfeita para compreendermos a muitas vezes assustadora taxa de juros.

Com pouco mais de um ano de vida profissional efetiva (sim, pois empregos do tipo spot e estágios são realmente muito importantes para nosso embrionamento profissional, porém não os considero como inseridos efetivamente na nossa vivência de mercado), posso dizer que uma das maiores lições que aprendi se baseia claramente no princípio da oferta e demanda.
Quando entramos em uma empresa, esbarramos primeiramente com a concorrência interna. Mas logo começa-se a perceber que existe também uma concorrência externa, e que ela é tão ou mais significativa do que a interna.

Um conceito importante aqui é colocarmo-nos nesse "jogo" da maneira como devemos ser tratados: como "mercadorias". E quem são os nossos possíveis consumidores? As empresas pelas quais iremos dispor nossos conhecimentos e habilidades. Como na Economia, em troca de nosso trabalho, esforço e dedicação, recebemos uma quantia em dinheiro. Fácil, justo e prático.
Se somos mercadorias, e se existe uma concorrência no mercado, é fácil relacionar tudo isso com a Lei de oferta e demanda.

Refletindo um pouco sobre isso, chegamos rapidamente à conclusão de que, em um ambiente com baixa concorrência, ou de concorrência de pouca qualidade, nosso PREÇO tende a aumentar. Ou seja, nosso VALOR. Mesmo que as rotinas do dia-a-dia, ou talvez uma ou mais frases desmotivadoras que ouvimos, bem como a impressão que fica em nossa cabeça ao vermos o tempo passar enquanto realizamos a maior parte das atividades no "automático", nos impeçam de periodicamente fazer uma "cotação" de nosso valor, ela deve obrigatoriamente ser feita. Posso dizer que já tenho a conclusão clara de que essa é peça fundamental na construção de nossa carreira profissional.

Por fim, mesmo que atravessemos todas as dificuldades, e consigamos mensurar nosso valor, de nada isso irá adiantar se não houver coragem, ousadia e arrojo. Não obstante, todas essas características devem ser acompanhadas de uma dose razoavelmente suficiente de discernimento.
Por sorte, falando agora especificamente de mim, aparentemente tenho pessoas de meu convívio profissional que sabem como fazer a leitura e tratar de meu valor. Porém, isso não irá me iludir, e continuarem sempre em busca de avaliar meu valor e a importância dele no mercado ao qual estou inserido.

Grande abraço!

terça-feira, 5 de março de 2013

O Início

Já dizia Raul Seixas: "eu sou o início, o fim, e o meio". Tudo tem seu início, e o deste Blog ocorre depois de eu ter participado da aula inaugural do curso de Pós-Graduação da UNIFRAN intitulado "Gestão Estratégica de Negócios com ênfase em Planejamento Financeiro", ministrada pelos Coordenadores Renato e Paulo Arruda, onde o primeiro, em meio a inúmeras coisas interessantes ditas, deu seu parecer a respeito da importância das novas redes sociais que vem se formando através da rede mundial de computadores, especialmente nos últimos anos.

O formato de Blog em sua essência é muito simples: um "diário virtual", onde cada um pode ter seu dia de escritor, jogando ideias, comentando fatos, narrando histórias pessoais ou de terceiros, enfim, discursando livremente a respeito de qualquer coisa que venha à sua mente, sem compromisso e sem censura. 
De tão simples, existe há muito tempo. Já foi moda, já deixou de ser moda, já voltou aos holofotes, entrou novamente no ostracismo, e assim vai se sustentando ao longo dos anos, ou melhor, meses, pois quando falamos em Internet o tempo parece correr como um carro de Fórmula 1. Fato é que as pessoas famosas, de influência, ou mesmo aquelas ligadas à grandes veículos midiáticos, tem uma óbvia vantagem no que tange à manutenção de seus Blogs.
Nada disso impede que pessoas como eu, e provavelmente você, meros desconhecidos em meio à multidão, possamos manter um pequeno espaço para deixar nossa marca na rede.

Quando o Prof. Renato nos aconselhou a pensar na ideia de criar e manter um Blog, parece que aquilo entrou em minha cabeça como uma flecha, e desde então fixei a ideia de montar o que hoje já posso denominar "Sint Seduli". A inspiração pelo nome em Latim foi simples: ao ver uma reportagem a respeito da renuncia do Papa Bento XVI, onde o tema era exatamente a língua utilizada nos pronunciamentos oficiais do representante maior da Igreja Católica, aquilo me remeteu àquela sensação de respeito e admiração que sempre sinto ao ouvir ou ler um termo na língua oficial do Vaticano.
Já o significado da expressão, "ser diligente", veio de inspirações buscadas ao longo do duro dia de trabalho dessa segunda-feira, 04 de março de 2013, onde foquei em características que julgo essenciais na construção de uma carreira sólida e de sucesso. A diligência, certamente, está entre as mais importantes das características, e eu provavelmente voltarei a falar nela no futuro, pois hoje tenho a certeza que essa é a palavra que me define, sobretudo profissionalmente.

A explicação para o conselho de criar um Blog é motivadora e instigante: pouco do que se realiza, especialmente em meio às rotinas do dia-a-dia, fica registrado. Muitos dirão que fica na memória. Mas é certo que nesses casos a memória de quem realiza um feito tende a ser muito mais fotográfica do que à daqueles que presenciam a realização do mesmo. Por isso a necessidade de se escrever, contar e comentar tudo aquilo que foi realizado, para que assim um simples Blog possa se tornar um incrível e poderoso Curriculum Vitae, com uma capacidade de mutação e adequação absolutamente grandiosa.

Enfim, nos próximos dias darei início à postagem de pequenos e breves textos que terão em especial temas ligados à minha vivência profissional. Não obstante, nunca estarão descartadas análises de quaisquer outros assuntos que eu julgue interessantes e aplicáveis ao propósito de comunicação do Sint Seduli.

O espaço está também aberto para comentários, com dúvidas, críticas ou sugestões e, ainda melhor, com propostas de debates a respeito dos temas lançados por mim. É também através do debate embasado que aprendemos a alimentar o respeito pelas pessoas.

Forte abraço!